Em 1945, operários mineiros descobriram (por acaso) os primeiros fósseis de dinossauros do local. Conheça as pesquisas e iniciativas de preservação da região
Por Núcleo Minas Gerais da SBG Atualizado … Leia mais em: https://super.abril.com.br/coluna/deriva-continental/uberaba-em-minas-gerais-guarda-uma-das-maiores-reservas-fosseis-da-america-latina/ Esse é o sexto texto do blog Deriva Continental, escrito por Ana Clara Oliveira Magalhães, Vivian Camargos Pinto, Tiago Amâncio Novo, Ana Maciel de Carvalho e colaboradores do Núcleo Minas Gerais da SBG Há 250 milhões de anos, no início da Era Mesozóica, nosso planeta era bem diferente do que conhecemos hoje. Ele se recuperava do maior evento de extinção em massa desde o surgimento da vida, que dizimou cerca de 80% das espécies. Naquela época, todas as massas de terra do planeta estavam reunidas em um supercontinente denominado Pangeia. As temperaturas altas e o clima úmido levaram ao desenvolvimento de uma vegetação bastante densa, o que permitiu a diversificação de herbívoros e carnívoros. No contexto das mudanças climáticas do início da Era Mesozoica, os répteis (como dinossauros e pterossauros) tornaram-se os animais predominantes nos ecossistemas. Diversificando os meios de locomoção e respiração, eles se adaptaram aos mais diferentes ambientes. Os grandes répteis conquistaram a Terra durante os períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo. No Triássico, Pangeia se dividiu em duas massas continentais: Laurásia, ao norte, e Gondwana, ao Sul. Os grandes répteis desapareceram por completo graças a um evento de extinção em massa que ocorreu no fim do Cretáceo, há 66 milhões de anos: um meteorito colidiu com nosso planeta, gerando uma reação em cadeia que matou 75% de todas as espécies existentes até então.
Elas não morreram todas de uma vez. O impacto ergueu poeira suficiente para impedir que a luz solar chegasse à Terra por anos – matando, assim, a maior parte das espécies vegetais. Sem elas, os dinossauros herbívoros morreram de fome e, consequentemente, os dinossauros carnívoros morreram também. Ainda que não estejam mais entre nós, os grandes répteis deixaram seus registros pelo mundo – inclusive no Brasil. Não é fácil preservar restos ou vestígios de seres vivos que habitaram a Terra há mais de 11 mil anos. Para que eles sobrevivam à ação do tempo, o material deve ser soterrado logo após a morte. Por isso, os fósseis são formados unicamente em áreas sedimentares. Em Uberaba, no estado de Minas Gerais, as condições eram perfeitas para a preservação desses registros. Lá está localizado um dos maiores depósitos fossilíferos do Brasil: o Sítio Paleontológico Peirópolis e Serra da Galga, com fósseis de idade entre 80 e 65 milhões de anos. Naquela época, Gondwana já tinha se fissurado, separando a África e a América do Sul e formando o Oceano Atlântico Sul entre os continentes. Os depósitos fossilíferos são claros registros da fauna de Gondwana. Leia mais em: https://super.abril.com.br/coluna/deriva-continental/uberaba-em-minas-gerais-guarda-uma-das-maiores-reservas-fosseis-da-america-latina/